segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Indo procurar ajuda.

Bom... tenho que contar algo que possa mudar a minha vida e até a de muitas de vocês que acompanham aqui o blog há algum tempo. Eu sempre me mostrava resistente em não ir a um psicólogo e em algum centro de transtornos alimentares, mas é... chegou a hora de criar coragem e ir atrás.
Primeiro vou contar o que aconteceu, como eu me senti na hora, como eu me sinto agora e o que eu tô pensando a respeito de ir procurar ajuda.

Meu namorado leu o blog no sábado pela manhã, e viu todas as minhas postagens, inclusive a carta do dia 10 de junho que eu havia postado aqui. Burrice a minha de ter mostrado o blog a ele há muito tempo? Bom... quem sabe, talvez... mas na época eu precisava mostrar, enfim... o que não vem ao caso agora. E ele sabe guardar as coisas bem direitinho, porque nos falamos no sábado pela manhã e pela tarde e nada dele falar, quando foi a noite quando nos encontramos ele fez uma "Sessão de amor severo", e me pressionou pra contar pra minha mãe sobre o meu problema e eu disse que não e ele disse que ia contar mesmo assim... papo vai e papo vem, "ameacei" terminar tudo se ele contasse algo, e ele tão decidido disse que não tinha jeito, eu terminando ou não, ele contaria pra minha mãe do mesmo jeito. Bom... depois de muita conversa, resolvemos que iremos procurar ajuda, antes de falar com a minha mãe. Que nós iremos ao centro de apoio a pessoas com transtornos alimentares aqui da minha cidade. E o trato ficou o seguinte: Eu vou a primeira consulta e ele não conta nada pra minha mãe. E depois da primeira consulta, se eu me sentir bem e a vontade pra poder continuar indo, eu irei, se eu não conseguir... aí teremos outra conversa.

Na hora que decidimos isso eu fiquei com medo, pavor, repulsa, raiva e vergonha de ir pra lá, depois ele foi me tranquilizando mais e acalmando, e hoje já estou mais confiante. Hoje, quando fui almoçar (sim, hoje eu comi), eu vi que realmente preciso de ajuda. Primeiro porque eu esperei todo mundo sair da mesa pra poder comer (eu odeio quando eu tô comendo e tem alguém me olhando) e segundo porque eu passei 20 minutos olhando pra comida e brincando com ela antes de comer, tentando convencer a minha mente que o meu corpo precisava de comida, sabe? Sem vontade de comer nenhuma, mas com fome. Foi então que eu percebi que o problema é a minha cabeça e não só o meu corpo. Que com certeza eu me sinto gorda ainda, mas que talvez eu seja só gorda, e que talvez eu seja gorda com a mente "suja". E foi então que eu vi o quanto eu preciso ser ajudada, e que no fundo... eu quero, mas eu tenho que vencer esse medo e essa vergonha dentro de mim que persiste por 9 anos. Acho que já chega de sofrer né? Que tal dar um novo passo e dessa vez pra vida? Estou ainda com muito medo, muito mesmo, mas eu quero muito sair disso. Às vezes eu acho que não vou aguentar. E pior, que eu sei que vai ser difícil no começo e que talvez eu possa até desistir do tratamento, mas que se eu não tentar... eu nunca vou saber, se é bom ou se é ruim, se eu vou desistir ou não.

Então... lá vou eu, começando... só irei ao centro de tratamento de transtornos alimentares na sexta-feira, até lá continuo com os meus mesmos NF, pois não quero chegar lá tão gordinha, né? Almocei hoje, mas não como nada mais tarde. Preciso da força de vocês! Me mande e-mails, responderei todos. A propósito, estou muito feliz com o e-mail de uma moça que me mandou ontem, dizendo pra eu ter força, aguentar a barra e seguir em frente, porque nessa luta de bulimia e anorexia é um dia após o outro.

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