sábado, 3 de agosto de 2013

Diário da madrugada 03/08/2013


Já me acostumei com o meu monstro. Não que eu goste dele, mas que agora eu aprendi a conviver com ele. Isso mesmo, eu falei CONVIVER e não VIVER. Pois eu nunca quis viver com algo que só me fizesse mal. Eu só convivo com ele, porque ele insiste em querer ficar dentro de mim. Por mais que eu tente arrancá-lo, por mais que eu tente tirá-lo de mim. Isso é praticamente impossível. Monstro por favor, dê espaço para o meu auto estima, só uma vez na vida. Eu só queria por um minuto me olhar no espelho e me sentir bem e linda. Só um minuto monstro, não peço nada mais do que isso.

Gostaria muito as vezes de desistir e apenas dormir. Desistir de tudo. Da faculdade, do trabalho, dessa obsessão, ou seja, da vida. E apenas sair vivendo. Mas essa auto imagem que eu tenho de mim é sempre mais forte. Porque tem dias, que só eu sei o que eu tô passando. Tem dias que eu chego em casa e eu acho que não vou aguentar...

As pessoas pedem pra que eu seja bem resolvida. Mas eu sou bem resolvida! Eu me acho engraçada, legal, simpática, só não me acho bonita, eu me acho gorda. Não sou obrigada a me achar magra e linda. E algumas pessoas me dizem "Ah, você fala isso que é para as pessoas ficarem te falando o tempo inteiro que você é bonita.", não gente, não é, não tem nada a ver. Eu não quero e nem nunca fiz questão de me ver rodeada de pessoas jogando confete em mim e me bajulando. Não faço esse tipo. Eu sou do tipo de mulher em que gosta da verdade. Eu gosto de que sejam sinceros, e não mentirosos. Mas a verdade também dói. Eu fico triste quando me chamam de bonita, porque eu não me acho, mas as pessoas tem todo o direito de me acharem da forma que eles quiserem. Feia, bonita, gorda, chata, insuportável, briguenta... enfim... eu sou o que as pessoas me veem ou o que eu acho que sou? Eu acho que eu acabo sendo um pouco do que as pessoas falam de mim. Mesmo que eu nem seja.

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